sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

(Re)voar!

Depois de um longo tempo ausente, escrevendo menos do que gostaria e publicando menos ainda, sinto no coração o desejo de voar novamente.

Voar por meio dos pensamentos e palavras! (Re)voar porque, de alguma forma, se trata de rever sentimentos e momentos que me acompanham, que me fazem pairar por sobre a minha própria existência e observar com calma e sem julgamento todas essas passagens mais ou menos significativas que tenho vivido até aqui.

Eu ainda me impressiono com essa urgência que insiste em em me fazer deixar voar todas essas reflexões, todas essas constatações, todos esses devaneios que acredito também servirem a outros corações e mentes sôfregos de entendimento e calma.  Impressiono-me ainda mais com o outro lado de mim que impede o revoar, que impede até mesmo o doar. 

Em muitos momentos questiono-me qual a razão para isso. Se existe algum tipo de desconforto em me expor ou mesmo de ser vista "voando" por aí. Confesso que ainda não encontrei resposta que justifique ou esclareça, porém encontrei algo ainda mais importante e que foi o motivo para  optasse por dar vazão a toda essa intensidade de  reflexões, sentimentos e pensamentos.

Se, de alguma forma, alguma alma pode se valer dos meus voos, então assim eu o farei. É nesse (com)partilhar que se cura e que também se cria  um novo ser. E esse novo ser, fruto das transformações mais sutis experenciadas ao longo da vida, abriu seu coração a essa transmutação, a esse contentamento pelo simples fato de existir! E a partir do momento em que se abre o coração para essa nova consciência, não há como voltar atrás, não há como "deixar de ser"... Tudo o que se quer é que também outros possam viver essa expansão e ai você se livra do medo do julgamento, do preconceito e do que pensa o outro, para viver de acordo com a sua essência e assim auxiliar outras almas que estão nessa mesma busca e sintonia.

Então, eis-me aqui, um instrumento do Criador, um instrumento de mim mesma em minha verdadeira essência, disposta a voar e traduzir em palavras todas as sensações, sentimentos, vivências e transformações que esse revoar me permite viver. 

Aos que me acompanham nesse vôo, que por sorte não é solitário, deixo a transparência do meu coração, com a qual eu desejo deixar fluir tudo o que me vier de inspiração, ainda que a título de confissão, tudo com a intenção de tornar significativo esse nosso partilhar. 

E assim (re)inicio a (re)voada, com imensa gratidão ao Universo e aos seres de luz e amor que me acompanham nessa jornada, por me conduzirem ao ponto mais alto e bonito para inicio desse novo e longiquo voo. É de lá, das profundezas do meu coração que ressurjo para dar vida a essa nova e melhor versão de mim mesma. :)

Seguimos juntos!

Namaste!

Sat Nam! :) 


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Doce, singelo, mágico amor!





Hoje foi um dia atípico... Uma nostalgia envolvente, marcante, um dia em que a sensibilidade esteve profundamente aflorada!

Saudosa de momentos especiais, relembrei situações maravilhosas  que vivi com família, amigos, amores... e, não sendo nenhuma novidade, fiquei convicta de que a vida é feita, sim, de bons momentos.

Não sei dizer se essa nostalgia teve relação com a linda cerimônia de casamento que testemunhei ontem. Mas, é fato que eu sempre fico muito emotiva nessas ocasiões, e mais ainda quando o enlace é de pessoas que me são especiais e que contagiam pela verdade dos sentimentos que exalam.

Acho que essa "sensibilidade toda" tem nenhuma ou pouca relação com o significado religioso ou civil da cerimônia, afinal nunca fui muito aficionada por essa idéia de casamento,  como um evento em si, algo que satisfaça a sociedade, o círculo em que se vive.  E que fique claro que não estou fazendo apologia à eventual decadência do casamento, enquanto instituição. A bem da verdade pouco me importa em que termos,  condições, rituais ou a ausência desses se dará a união. O que importa é que se dê, que seja!

O que me encanta e me emociona profundamente é a grandeza do encontro dessas duas almas, é o amor selado numa união de corpo, mente e espírito.

Não são duas pessoas que se tornam uma, mas duas pessoas que, apesar das diferenças e das adversidades, resolvem trilhar o mesmo caminho...  Sintonia, afinidade, senso comum, flores e espinhos traduzem-se em famíliafilhos (quase sempre), sonhos individuais, objetivos comuns, sonhos que sonha junto, histórias, lembranças...  traduzem-se em vida que se cria, se transforma, se vive! E para isso, não é necessário papel ou a sociedade para testemunhar, basta simplesmente que duas pessoas se amem verdadeiramente a ponto de trilhar o caminho com a eternidade a lhes testemunhar.

Aí também a razão da nostalgia, essa manifestação de amor remete aos momentos de amor partilhado com minha família, com meus amigos, com meus amores... o mesmo amor que, em algum momento teve inicio com duas almas que se reconheceram e se permitiram viver. Sim, pois, com algumas exceções, quase todos nós somos frutos de um encontro assim... doce, singelo, mágico amor!

"Deixa-me errar, mas não soltes
para que eu não me perca
deste tênue fio de alegria
dos sustos do amor que se repetem
enquanto houver entre nós essa magia." (Lya Luft)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional?!





Eu entendo o  fim de um relacionamento como um luto e como num luto, existe dor, às vezes uma dor que parece ser maior do que se poderia suportar. E dor quase sempre é significado de sofrimento. 

Todos sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras, portanto, é natural que as pessoas vejam/sintam o mesmo evento de forma totalmente diferente. Mas, também sabemos que por mais diferentes que sejamos uns dos outros, que todos nós, bem ou mal, sentimos o fim de um relacionamento. E nesse caso não importa quem deu causa ou mesmo quem tomou a iniciativa do rompimento, todo fim encerra a morte de algum sonho, o fechamento de uma história, ainda que prematuramente, e impõe um novo (re)começo. E recomeçar nem sempre é fácil!

Nesse meio-tempo, que pode durar uma eternidade, a depender de como as pessoas lidam com a situação, é quase certo que se envolva em pensamentos recorrentes sobre porque não deu certo, quem foi o culpado, o que há de errado consigo. Elocubrações que sinceramente não levarão ninguém a lugar nenhum. Isso porque queimar neurônios (e esfacelar o coração) com pensamentos dessa natureza não vai reverter a situação, tampouco significar menos sofrimento e menos ainda te permitir seguir adiante. 

Penso que é o caso de admitir que a responsabilidade pelo desfecho da história pertence aos dois envolvidos, a cada qual com  seus respectivos comportamentos, ações/omissões, silêncio ou palavras desnecessárias. Se não existe uma linguagem comum, um objetivo comum, o resultado só pode ser o descompasso, a ausência de entendimento e, pasme!, isso nem sempre é sinônimo de falta de amor. Isso pode significar – não como regra - que as pessoas estão em momentos de vidas diferentes e é perfeitamente natural, nesse caso, que não consigam afinar o ritmo e a harmonia (se em algum momento existiu) se perde de vez... 

Agora, uma coisa é certa, por mais amor que se sinta pelo outro, o único amor que nunca pode deixar de ser, que nunca pode deixar de existir é o amor-próprio! Cabe então sopesar se a relação a dois lhe traz mais chateação do que alegria, e se for assim mesmo, é preciso entender que é o momento de seguir em frente, sem ressentimentos, sem mágoas... 

Não estou dizendo com isso que se deva atropelar os sentimentos, ao contrário, é importante permitir-se sentir toda a dor que aflorar nesse momento, permitir-se ter o tempo necessário para curar o coração, chorar as lágrimas que vão lavar a alma e prepará-la para um novo começo, que por certo, mais cedo ou mais tarde, virá! Porém, é preciso reconhecer a dor e entender que é possível viver (e bem!) apesar de ela ainda existir e isso é feito abastecendo-se com o carinho da família, cercando-se de amigos queridos e divertidos, fazendo coisas que te tragam prazer, elevam sua auto-estima e te deixam com um baita alto-astral!  Então, pratique o desapego! Desapego da dor, do sofrimento, do outro... e concentre-se em tudo o que deseja viver num relacionamento pleno de amor, sintonia  e respeito. Esse deve ser o foco! 

Já dizia Shakti Gawain (escritora e guru espiritual): “O relacionamento é uma das mais poderosas ferramentas para o crescimento.”  Sendo assim, ao invés de focar em todos os vários motivos pelos quais “não deu certo”, que tal reconhecer a oportunidade de aprendizado, reconhecer todas as coisas que foi possível assimilar com essa experiência, identificar o quão diferente você saiu da história (e melhor, acredite) e, principalmente, reverenciar o seu parceiro de aprendizado, a alma amorosa que se dispôs a partilhar com você esses momentos de crescimento, de aprendizado, e, porque não (?),  de sincera felicidade. Colhemos sempre o que plantamos,  convém ter isso em mente! 

E antes que eu me esqueça: não há dor que insista eternamente! E sim, o sofrimento é opcional! Permita-se se surpreender!! :o)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ouça seu coração...



Todos os dias nos deparamos com situações que nos requerem a tomada de decisões. Decisões de maior ou menor importância, complexidade ou impacto. Algumas decisões são tão significativas que repercutem por toda a nossa vida!

Decidir sobre coisas corriqueiras exige menos de nós e nos torna menos suscetíveis a arrependimentos. A grande questão que se afigura é quando precisamos tomar decisões que nos exigem avaliar o seu significado e repercussão em nossas vidas. Por vezes nos consumimos a imaginar todas as variáveis, probabilidades, caminhos, resultados, noutras nos consumimos em pensar porque precisamos decidir sem saber como fazê-lo e noutras, muitas vezes, sequer conseguimos fazê-lo (ainda que em alguns momentos se saiba exatamente o quê/como precisa ser feito)!

A dúvida, quase sempre, é fruto do medo de não se fazer a melhor escolha, e, consequentemente, não tomar a decisão mais acertada e com isso sofrer as conseqüências, por vezes não queridas, dos resultados das nossas decisões.

Mas, o que é afinal a decisão mais acertada? Seria certo dizer que a decisão mais acertada é aquela que representa a realização dos nossos anseios e não frustra os objetivos em andamento? E o que dizer das mudanças de rumo que somos levados (ou obrigados) a fazer no meio do percurso?

Muitas das vezes só percebemos que foi melhor para nós que determinada coisa não tenha acontecido como gostaríamos (ou escolhemos) depois de muito tempo passado. E é natural que não estejamos conscientes disso sempre que precisamos fazer escolhas importantes, porém, acredito que ter isso em mente tornaria o processo (de decidir) mais leve, mais seguro.

Pensando um pouco a respeito pude concluir que não existem decisões mais ou menos acertadas, não existem decisões erradas! As decisões tomadas ao longo da vida, sejam elas de que natureza for, nos conduzem rumo à realização dos nossos desejos mais íntimos, dos objetivos traçados por nossa alma antes mesmo de nos aventurarmos nesse mundo. Não há como fugir, todas as nossas decisões nos conduzem a um único caminho: o da realização dos nossos sonhos que representam, por conseqüência, nossa própria evolução, cada qual com a sua respectiva e própria história e aprendizado.

Não me resta dúvida alguma, nosso coração sabe a resposta! Nosso coração sabe o caminho! Mais do que qualquer análise racional sobre a decisão e os potenciais resultados positivos ou negativos, o nosso coração sabe para onde desejamos ir, sabe o que/quem desejamos ser, de verdade! Não pode haver melhor escolha, não pode haver decisão mais acertada que essa de irmos ao encontro da nossa essência e daquilo que nos é, de fato, essencial!

Sendo assim, se eu pudesse dar um conselho a você seria: não tenha dúvida, recolha-se, volte-se para o seu interior e conecte-se com a energia universal. Todo momento de silêncio, de busca interior é um momento de encontro com Deus, com a eternidade da alma e isso só é possível com seu coração. Ele sabe a direção! Ele sabe o que é melhor para você porque está intimamente conectado com o amor e a consciência universal, então não tema, não titubeie: OUÇA SEU CORAÇÃO!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Momentos de luz, alegria e amor!!





Independentemente da religião de cada pessoa, ou mesmo da ausência dela, é verdade que todos atribuímos aos festejos natalinos o significado de união, alegria, reflexão, harmonia e amor! É o momento em que nos preparamos para estar mais perto das pessoas que nos são essenciais, como a família e os amigos mais próximos,  e também  para nos confraternizamos com as pessoas do nosso convívio profissional, entre outros. Enfim, é um momento em que a sensibilidade permeia nossos pensamentos, sentimentos e ações.

Esse “estado” de sensibilidade nos conduz a reflexões profundas sobre os mais diversos temas, porém, quase sempre relacionados ao quanto nós dedicamos a nós mesmos e às nossas pessoas especiais, aos sonhos já realizados e aos quantos mais ainda temos por conquistar, como também sobre nossa própria evolução pessoal e espiritual e os vários desencadeamentos possíveis, especialmente sobre como sermos pessoas melhores. Também quase sempre, nesse período, ressentimo-nos pelas muitas pessoas que estão a vagar por aí sem um leito, sem família, sem carinho, sem perspectivas...

Interessante notar que ao mesmo tempo em que é um momento de integração, partilha e união, é também um momento de introspecção e reflexão.   

E nesse tempo penso que, antes de tudo, é necessário reconhecer e agradecer por todas as maravilhas que todos temos em nossas vidas, e aí somente a própria pessoa é capaz de identificá-las (família, amigos, trabalho, saúde, e várias outras coisas) e nos comprometermos com novas escolhas, aquelas que nos farão nossas vidas mais felizes e repletas de significado.
 
É momento de renascer para o ano que se aproxima! É momento de romper o ciclo para coisas, pessoas, situações, sentimentos e pensamentos que nos impedem de avançar... É momento de valorizar aqueles/aquilo que realmente importa. 

E é isso que intenciono, desejo e projeto não só para mim, mas para todos vocês. Desejo um Natal repleto de harmonia, amor e alegria e que para o ano que se inicia sejamos todos capazes de fazer escolhas que nos tragam as melhores coisas, pessoas e situações.  Que em 2012 todos nós cheguemos mais longe que em 2011, ou seja, que cheguemos mais perto da realização dos nossos sonhos! Que 2012, enfim, seja o melhor ano de nossas vidas!!

Boas Festas a todos!!
   

domingo, 18 de dezembro de 2011

Lista de Intenções: Escolhas x Responsabilidade




A virada do ano se aproxima e com ela as reflexões sobre o ano que passou e sobre o que se pretende fazer/mudar no ano que se inicia.

Talvez seja natural ter a sensação de que mais poderia ter sido feito, de que mais dedicação poderia ter sido empreendida. Porém, é fato que cada pessoa age, absorve e sente de forma diferenciada, consequentemente, a constatação de ter vivido um ano bom ou ruim é muito particular, vai de pessoa para pessoa, de acordo com as suas próprias experiências e encampa desde as menores coisas feitas (ou não) quanto as mais significantes que se tenha vivido (ou não).

Sem querer entrar nesse mérito (se foi bom ou ruim), a verdade é que cada pessoa vive exatamente o resultado das suas próprias escolhas. Goste disso ou não, não há como negar que cada pessoa é plena e totalmente responsável por tudo de bom e de ruim que lhe acontece. O destino nada mais é do que o resultado de nossas próprias escolhas, das decisões que tomamos ao longo do caminho.

Ciente disso penso que a reflexão agora deve estar além de definir a lista dos desejos/intenções para o novo ano. Talvez essa seja a mais parte mais fácil, afinal, todos temos intenção de fazer coisas que variam de proporção (grandes ou pequenas) e grau de importância. Porém, antes de mais nada, é preciso definir o que de fato é necessário e o que realmente irá significar a realização da nossa lista de intenções. Não se pode idealizar algo e lançar ao universo sem imaginar que uma vez realizado, será exclusivamente de cada um a responsabilidade pelo desfecho do seu desejo.

É necessário pensar bem no que se quer e porque se quer isso ou aquilo. É necessário entender também que vindo o resultado não haverá alternativa que não a de lidar com ele, seja bom ou ruim. Obviamente, quando o resultado é bom, todos ficamos satisfeitos, mas, quando o resultado é ruim, ou não é o esperado, a tendência é ficarmos frustrados, deprimidos, procurando o culpado, o que não é nada bom, pois nos faz permanecer num estado de atrair coisas, situações e pessoas semelhantes, ou seja, mais insatisfação.

De outro lado, não é razoável esperar que se obtenha alguma coisa sem nada haver definido/sonhado/idealizado. Infelizmente, há muitas pessoas por aí querendo colher o que nunca plantaram... Definir o que se quer, porque se quer, como se quer e tendo em mente o que a realização desse desejo pode significar na sua vida e na vida daqueles que o cercam, significa, literalmente, plantar! Só pode colher aquele que plantou, fato!

Isso é ser responsável! É ter responsabilidade por si mesmo, suas decisões e pela forma como elas afetam a si mesmo e às demais pessoas do seu convívio. Não há como fugir disso, liberdade de escolha implica em responsabilidade pelo resultado delas.

Por fim, e não menos importante, penso que ao definir a lista de intenções devemos ter em mente, no que diz respeito às coisas que não representam questões fundamentais (ou existenciais), que somos todos seres passíveis de erro, ou seja, embora imbuídos de boa intenção, nem sempre será possível levar ao pé da letra a bendita lista simplesmente porque somes seres imperfeitos, por vezes inconstantes.

Significa dizer que racionalmente temos clara noção do que deveria ser feito e, emocionalmente (ou instintivamente) falhamos ao tentar ou não mantemos constância nessa tentativa...  O que quero dizer é que é importante ser mais amoroso consigo mesmo e se permitir o tempo necessário para realizar as mudanças definitivas, para aceitar o que se está vivendo e para ter o discernimento que possibilita escolher um novo caminho, se aquele já não se encaixa mais no seu ideal de vida.

A vida é um constante e eterno aprendizado, totalmente motivado por nossas escolhas!

Em tempo, a imagem que abre esse post é de uma flor chamada "dente-de-leão", conhecida pelo seu admirável poder de renovação. Quando cortada ou mesmo arrancada do solo volta a brotar com a maior rapidez. Suas pétalas são, na verdade, sementes que se espalham com um sopro ou com o vento e significam vida e renovação. E é isso que eu desejo a você: que seu poder de renovação seja insuperável e que as suas escolhas representem a verdade e a beleza de quem você realmente é e do que merece viver nesse novo momento da vida!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Talvez...





Tô me sentindo meio estranha...
Talvez pelo ócio noturno...
Talvez pela proximidade das comemorações de fim de ano...
Talvez pela conclusão de que poderia ter feito mais nesse pequeno intervalo de 12 meses...
Talvez pela ansiedade de (re)fazer os novos/velhos planos...
Talvez pela constatação de que poderia ter amado mais...
Talvez, talvez, talvez...
Gosto, vez em quando, de me entregar a tantos talvez.
Talvez eu saiba que essa entrega não me levará a outro lugar que não ao mesmo talvez...
Talvez eu entenda que questionar o talvez não é sinônimo de sabedoria, de conhecimento ou de segurança...
Talvez eu compreenda que a vida não é mais que um simples talvez... talvez fosse assim, talvez fosse assado...
Talvez eu sinta que o talvez me resgata(?) do meu infinito particular e me faz perceber o que muitas vezes prefiro nem saber...
Talvez hoje eu queira um plural de talvez...
Talvez um (im)previsível, um (im)possível, um estranho talvez em plural...